O deputado estadual Pedro Caravina (PSDB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão desta terça-feira (27), para defender o diálogo e pedir que os policiais civis não paralisarem as suas atividades no Estado, condição que está sendo cogitada porque a categoria não aceita a proposta do governo do Estado de incorporar R$ 400 de auxílio alimentação à sua remuneração.
De acordo com o Simpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), os policias reivindicam um reajuste de 18%. O deputado reconhece como justo o pedido da categoria, no entanto, sugere que governo do Estado e o sindicato retome as negociações no próximo ano.
Durante discurso, Caravina fez um relato sobre sua trajetória como policial civil e delegado de polícia aposentado, destacando a importância da corporação para a sociedade e defendeu um diálogo franco entre o Simpol e o governo do Estado.
Na visão do parlamentar, a proposta do governo de incorporar o auxílio à remuneração resultaria em ganhos reais de até 5% para servidores ativos e até 8% para aposentados.
O deputado também relembrou sua atuação enquanto prefeito de Bataguassu e como secretário-adjunto de infraestrutura, destacando as ações em favor da Polícia Civil.
Ele ressaltou a importância de sua contribuição para a inclusão do auxílio alimentação para os policiais civis, um pedido que foi discutido junto ao governo e resultou na implantação dos R$ 400 de etapa alimentação para todos os policiais civis, com exceção dos delegados.
“Também tive uma atuação importante na discussão da paridade, integralidade, e no último dia como secretário de Governo, na reunião do Fórum dos Servidores, junto com o (Alexandre) Barbosa, presidente do Sinpol, conseguimos encaminhar o pedido ao governador a paridade, integralidade dos policiais civis e aí se transformou na lei que foi aprovada nesta Casa, garantindo que todos os policiais que adentraram entre 2003 e 2019 pudessem se aposentar recebendo o salário integral e como os mesmo reajustes de quem está na ativa”, pontuou.
O parlamentar disse que sabe da importância da Polícia Civil para a sociedade, incluindo todos os cargos da instituição, destacando o cargo de investigador de polícia que ocupou na elucidação dos crimes e no trabalho para levantar a autoria. Ele disse que reconhece a importância dos peritos papiloscopistas e dos escrivães de polícia que, segundo ele, fazem um trabalho primordial na coleta de informações, muitas vezes até ocupando uma posição dos delegados de polícia na condução dos inquéritos, peça fundamental para subsidiar o trabalho do judiciário e a eventual condenação do autor de um crime.
“Não tenho dúvida que sempre trabalhei em favor da Polícia Civil e agora participei diretamente da condução do pedido justo para que os salários dos policiais civis, ai falando exclusivamente dos investigadores e escrivães, aqueles ligados ao Simpol, para que eles possam receber o sexto salário”.