O episódio da série documental “Meu, Seu, Nosso” que conta um pouco da história da fundadora e diretora-executiva do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, Márcia Rolon, vai ao ar nesta sexta-feira (13).
A série documental traz a história de sete personagens e convida especialistas de diferentes áreas para refletir sobre o que move as pessoas a doar seu tempo e sua vida a quem precisa. Idealizada pela família Abilio Diniz, e criada por Marcos Prado, que assina ainda a direção geral e divide a direção dos episódios com João Jardim, a série tem produção da Zazen Produções e de Ana Maria Diniz.
O episódio que conta a história da sul-mato-grossense e pantaneira começa com imagens de Corumbá e do rio Paraguai. Já no início, Márcia conta o que a motivou a fundar o Moinho Cultural.
“Foi sempre uma fronteira muito desigual. O brasileiro sempre entrou de forma muito arrogante na Bolívia. Isso me chamou sempre a atenção. Sempre amei ser fronteiriça dentro de mim. Por que essa diferença? Qual ferramenta poderia servir de união? A arte. A arte une tudo. Não adianta dar cesta básica. Tem que dar brilho no olho daquela pessoa”, defendeu a fundadora do Moinho Cultural, que, desde sua fundação, já atendeu mais de 20 mil crianças e adolescentes fronteiriços.
No episódio, aparecem os pais de Márcia, Sônia e Sebastião Rolon, que relembram a trajetória da família e como a arte sempre foi muito presente no seio familiar. O marido de Márcia e fundador do Instituto Homem Pantaneiro, Ângelo Rabelo, também relembra o início do relacionamento e como a parceria entre os dois fomentou iniciativas que, hoje, já impactaram a vida de milhares de pessoas.
Em um trecho carregado de emoção, Márcia Rolon relembra a provocação, feita por uma senhora, que a levou a pensar, junto com Rabelo, na criação de um projeto social que pudesse transformar vidas por meio da arte. Márcia conta que, após essa provocação e com o apoio de Rabelo, saiu para ver outras iniciativas sociais. Apesar de ter visto muitos projetos interessantes, nenhum deles unia música e dança, com uma orquestra e uma companhia de dança. Além disso, nenhum falava de fronteira.
A partir dessa provocação e muito empenho, surgiu o Moinho Cultural, que, até hoje, une música e dança para transformar a vida de crianças e adolescentes. Entre as vidas transformadas estão as das bailarinas Aline Espírito Santo e Núbia Santos, que começaram no Moinho Cultural quando crianças e, hoje, integram a Cia de Dança do Pantanal.
“Desde criança, a Márcia faz a gente acreditar nos nossos sonhos. Mas é difícil acreditar nisso onde a gente mora. Quando saí de Corumbá, fui para o Rio e, depois, para Berlim, vi que era possível viver de dança, viver de arte e sonhar”, conta Aline.
O episódio que conta a história de Márcia e os demais da série podem ser vista na plataforma de streaming Aquarius, pelo Prime Video e pelas tvs Samsung.