Profissionais da Saúde de Corumbá participaram, nesta quinta-feira (6), em Campo Grande, da Oficina para Implementação do Implante Subdérmico de Etonogestrel no SUS. Seis profissionais da Atenção Primária à Saúde, três médicos e três enfermeiros, representaram o município, receberão informações sobre o implante e o procedimento e atuarão como multiplicadores na Macro-Região Pantanal.
O implante destina-se a mulheres de 14 a 49 anos e integra a estratégia nacional de ampliação do acesso a métodos contraceptivos de longa duração. A iniciativa busca descentralizar o serviço, para que as unidades municipais ofereçam o dispositivo de forma segura e acessível.
Para a chefe da pasta da saúde do executivo corumbaense, “a qualificação é essencial, pois eles serão multiplicadores, para a descentralização do serviço, garantindo acesso ampliado dos métodos contraceptivos de longa duração e contribuindo para a redução das taxas de gravidez na adolescência”.
Além da formação, o acompanhamento ocorrerá pelo Sistema de Informação para a Atenção Primária à Saúde (SIAPS), com o registro de inserções e remoções do implante para assegurar o uso adequado.
Experiência
A produtora audiovisual, Luana Martinez faz uso do método de implante subdérmico contraceptivo há seis anos e relata que o seu corpo sofreu mudanças significativas nos primeiros meses. “Tive todos os efeitos colaterais que ele dá. Depois disso eu não menstruei mais e não tive mais cólicas. Eu coloquei com este propósito por causa do fluxo e das cólicas intensas. Ele cumpre o que promete. Eu me sinto bastante segura, o que foi ruim mesmo foi a fase de adaptação”.
Cronologia
O Ministério da Saúde anunciou, em julho de 2025, a incorporação do implante subdérmico de etonogestrel, conhecido como Implanon, à rede pública. A entrega das primeiras unidades ao órgão ocorreu em setembro. O método possui duração de até três anos e eficácia elevada na prevenção da gravidez não planejada.
Implante contraceptivo será incorporado ao SUS – Corumbá On Line
Em outubro, começaram as capacitações de profissionais para orientação, inserção e acompanhamento das pacientes. As oficinas presenciais combinam teoria e prática com simuladores anatômicos. A meta nacional é qualificar mais de duas mil pessoas, incluindo equipes indicadas pelos municípios e representantes de DSEIs, universidades e gestores estaduais e municipais.
O Ministério da Saúde já iniciou a distribuição dos implantes aos estados, com prioridade para regiões que apresentam maiores índices de vulnerabilidade social e gravidez na adolescência. A previsão é entregar 1,8 milhão de dispositivos até 2026, sendo 500 mil em 2025.
Com multiplicadores capacitados, Corumbá dará início ao processo para ofertar o método nas unidades de saúde do município, conforme avanço da distribuição nacional.

