Na Rússia, em 2018, a Suécia voltará a disputar uma Copa após 12 anos fora da competição. E sem sua grande estrela. Para a decepção de muitos, Ibrahimovic não irá disputar a Copa após anunciar que se aposentaria da seleção sueca depois da Eurocopa de 2016. Será uma grande perda para os apaixonados por futebol e para a seleção nórdica, que não contará com a técnica e a habilidade de “Ibracadabra”. Neste edição do Mundial, a Suécia está no grupo F, ao lado de Alemanha, México e Coreia do Sul.
No futebol, a Suécia é mais conhecida pela tradição em Olimpíadas, já que ganharam dois bronzes, nas edições de 1924 e 1952, e um ouro olímpico, em 1948.
Quando o assunto é Copa do Mundo, a história da Suécia começa em 1934. Após derrotar a Argentina nas oitavas de final, os suecos foram eliminados pela Alemanha por 2 a 1. Quatro anos depois, em 1938, foram eliminados nas semifinais para a Hungria, por 5 a 1. Na disputa pelo terceiro lugar, derrota por 4 a 2 para o Brasil e quarto lugar na classificação geral. Campeã olímpica, a Suécia voltou a um Mundial dois anos depois.
Em 1950, no Brasil, os suecos ficaram com a terceira colocação. Fora em 1954, foram responsáveis por sediar a Copa em 1958. Com o apoio da torcida, a Suécia fez uma ótima campanha e ficou com o vice-campeonato. Na final, derrota para o Brasil, de Pelé e Garrincha, por 5 a 2. A competição marcou a primeira conquista do Brasil e a melhor campanha dos suecos em Copas.
Os azuis e amarelos só retornaram ao Mundial 12 anos depois, em 1970, no México. E a participação não empolgou. Eliminação na primeira fase.
Nas Copas de 1974 e 1978, as participações foram discretas, sem posições de destaque. Fora das duas edições seguintes, os suecos voltaram a uma Copa em 1990, mas não tiveram muitos motivos para comemorar. Três derrotas em três jogos e eliminação na primeira fase.
Apesar de nunca ter participado da Eurocopa até então, a Suécia foi escolhida como sede em 1992, o que garantiu uma vaga automática para o país. Após perder para a Alemanha nas semifinais, os suecos terminaram na terceira colocação.
Na Copa de 1994, disputada nos Estados Unidos, os suecos fizeram uma ótima campanha. Derrotados pelo Brasil nas semifinais, com um gol de cabeça do baixinho Romário, os suecos golearam a Bulgária por 4 a 0 e ficaram com a terceiro lugar no torneio. Ausente em 1998, voltaram a um Mundial em 2002. Acabaram eliminados nas oitavas por Senegal. A Copa de 2006, na Alemanha, foi a última participação dos suecos em Mundiais. Após se classificar em segundo no seu grupo, a Suécia encarou os alemães, donos da casa, e não passaram das oitavas de final.
Para se classificar à Copa do Mundo de 2018, a Suécia ficou em segundo lugar no grupo A das Eliminatórias Europeias, com seis vitórias, um empate e três derrotas. Campanha que tirou qualquer chance da Holanda de carimbar vaga para o Mundial. Na repescagem, os suecos aprontaram novamente.
A adversária seria a Itália, tetracampeã do mundo e ampla favorita para a vaga na Copa. No entanto, os suecos venceram o jogo de ida, em casa, por um a zero. Na partida de volta, em um San Siro lotado, o empate sem gols garantiu a vaga dos nórdicos e deixou a Azzurra de fora do Mundial, algo que não acontecia desde 1958.
Sem Ibrahimovic, os suecos apostam na força coletiva. Cabe ao meio-campista Emil Forsberg a função de criar as jogadas e municiar o ataque. Habilidoso e que chega à área adversária, o jogador do RB Leipzig, de 26 anos, é peça fundamental no esquema tático sueco. Apesar de ter poucos jogos na seleção principal, Forsberg tende a ser a referência técnica da Suécia, que deve lutar com o México pela segunda colocação do grupo F. A Coreia do Sul corre por fora e a Alemanha provavelmente deve ficar com a primeira colocação na chave.Entre 2017 e 2018, a Suécia participou de 14 jogos. Conquistaram oito vitórias, três empates e cinco derrotas, marcando 35 e sofrendo 15 gols. Em amistoso de preparação para a Copa, os suecos foram derrotados pela Romênia no fim de março. O último teste da Suécia antes da Copa será o Peru, no dia 9 de março.