Ao abrir, nesta sexta-feira (29), a palestra com o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Bastide Horbach, realizada no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou o momento importante que o país vive e reforçou que o evento reflete o compromisso da Federação com a democracia.
“A democracia está presente no país, a democracia está presente nas pessoas e é dessa forma que nós esperamos que o processo eleitoral seja conduzido. Defendemos a democracia, até porque lutamos por ela por muito tempo e temos ela hoje presente. A vinda do ministro a Mato Grosso do Sul demonstra a importância da democracia e que ela existe”, ressaltou Longen.
Na palestra “Perspectivas para as eleições de 2022”, o ministro do TSE abordou temos como os desafios das eleições frente à realidade contemporânea, desinformação, aperfeiçoamento da democracia, representação de gênero, lei eleitoral e violência política.
Horbach ainda explicou o peso do processo democrático construído até aqui. “O Brasil tem vocação democrática e vivemos numa democracia há mais de 30 anos. Tivemos um processo muito bem elaborado de conquista da democracia e estamos em constante aprimoramento do nosso regime. Hoje ela está mais sólida e sofisticada. Passamos por diferentes percalços e demos certo. As instituições se mantiveram rígidas e estáveis”, afirmou.
Conforme o ministro, uma eleição com mais de 156 milhões de eleitores obrigados a votar exige refinamento. Biometria eleitoral, cédula única e, principalmente, a urna eletrônica estão entre os mecanismos citados por ele que comprovam a transparência da votação. “A urna trouxe a possibilidade de total segurança no processo eleitoral. Não se vê mais questionamento aos resultados das eleições como se via no passado, durante a utilização da cédula impressa”, garantiu.
Também presente ao evento, o advogado e juiz do TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), Daniel Castro, comentou que esta talvez seja a eleição mais polarizada desde a redemocratização. “Espera-se da Justiça Eleitoral um trabalho sério e afinco para trazer novas perspectivas”, finalizou.