Os registros da Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sejusp) de Mato Grosso do Sul indicam que, ao longo de 2025, 3.929 ocorrências de combate a incêndio foram atendidas pelas forças de segurança que atuam no território estadual. Cerca de 5% das ações aconteceram em Corumbá e Ladário. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Corumbá, até ontem, 35 delas têm como base o combate a incêndio em vegetação de área urbana.

As informações do 3º Grupamento de Bombeiros Militar apontam que os números relativos a incêndio em vegetação são reflexos do período “crítico” de seca. Tais eventos aumentam o risco para a vida de moradores, a estrutura dos imóveis e para o meio ambiente como um todo.

Nesta terça-feira (19), ao anoitecer, os militares se deslocaram até a rua Cunha e Couto, no Centro de Ladário para apagarem as chamas iniciadas em um terreno baldio, com 800L de água. No registro da ocorrência, eles relataram que o fogo chegou a atingir a copa de uma árvore e consumia o tronco no momento do atendimento. Diante disto, mencionaram a curiosidade da situação.

O mestre em Biologia Vegetal, João Marcelo Braga, explicou que há espécies de árvores que contêm resquícios da casca morta e, neste caso, “pode ser que o caule tenha um tipo de casca que torna esse tronco inflamável. A parte que fica presa [à árvore] acaba se tornando combustível para o fogo”.

Após o acontecimento, os bombeiros elaboraram uma lista sobre os principais perigos em combate a incêndio em árvore.

Risco de queda: o fogo compromete a resistência do tronco e dos galhos, aumentando a possibilidade de queda da árvore ou de partes dela, oferecendo perigo para pessoas, veículos e imóveis ao redor.

Danos ambientais: a destruição de árvores de grande porte causa perda de sombra, equilíbrio ecológico e habitat de diversas espécies de animais.

Por Da Redação