Milton Nascimento viajou para Los Angeles na última semana de janeiro para acompanhar o Grammy, principal premiação da indústria musical. O cantor, de 82 anos, compartilhou sua ida nas redes sociais, mas acabou não comparecendo ao evento realizado no domingo (2). Apesar de não ter vencido na categoria de Melhor Álbum Vocal de Jazz, seu nome acabou envolvido em uma controvérsia.
A artista americana Esperanza Spalding, parceira de Milton no álbum “Milton + Esperanza”, demonstrou insatisfação com a organização do evento. Segundo ela, o brasileiro não teve um lugar reservado entre os indicados na área principal da premiação. Em protesto, Esperanza usou suas redes sociais para expor a situação e criticar a distribuição dos assentos.
“Foi recusado a Milton um lugar nas mesas para a cerimônia deste ano. Isso não me agradou. Não estou falando de uma vitória no Grammy […], estou falando de uma cadeira física, aqui nesta mesa em que estou sentada”, afirmou a musicista durante o evento. Ela ainda lamentou que o cantor não tenha sido considerado importante o suficiente para estar entre os artistas de maior destaque.
Na segunda-feira (3), a assessoria de Milton esclareceu que ele não foi impedido de participar do evento, mas decidiu não comparecer. De acordo com a equipe, ao revisar os convites, perceberam que o artista teria um assento na arquibancada, enquanto sua colega de projeto estaria em uma das mesas principais. A decisão de não ir à cerimônia foi tomada levando em conta a relevância da carreira de Milton e sua dificuldade de locomoção.
Quando questionados pela equipe de Esperanza, alegaram que ficariam nas mesas apenas os artistas que eles queriam no vídeo. Tendo em vista a carreira vitoriosa, o reconhecimento e o respeito conquistados pelo genial artista brasileiro, optamos pela ausência dele na cerimônia principal. Obrigado por todo o apoio, carinho e preocupação que todos estão nos dedicando. O Brasil é gigante, tal qual é Milton Nascimento.
– Equipe de Milton Nascimento