O movimento do Sinpol-MS, que paralisou o atendimento da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira (05), durante 4 horas, teve a adesão de todas as delegacias da Capital e do interior do Estado. A ação faz parte do movimento “Cumpra-se a Lei”, iniciado na semana passada, e que tem o objetivo de pressionar o governo estadual a cumprir a promessa de valorização salarial da categoria e reconhecer a importância do trabalho dos policiais civis.
“Tivemos a participação de todas as delegacias do Estado, com a manifestação de apoio de outras entidades e também da população, que entendeu nossa demanda. Mantivemos o efetivo de 30%, para os serviços essenciais, como atendimento a crianças, idosos e casos de flagrante delito. Nossa luta continua e esse é apenas o começo da nossa mobilização. Continuamos em busca de um diálogo com o governo para garantir um reajuste digno aos policiais civis, pelo reconhecimento do papel fundamental da categoria na segurança pública do Estado”, afirma Alexandre Barbosa, presidente do Sinpol-MS.
Os policiais civis cobram o cumprimento da promessa do governo, assinada em uma carta de compromisso, de deixar o salário dos policiais civis entre os seis melhores do País. “A categoria havia aceitado a proposta de receber o que é de direito em três parcelas, mais aumento do auxílio-alimentação, sendo que parte seria repassada até agosto e o restante, dividido em duas etapas nos próximos anos. Porém, o governo não cumpriu sua promessa e ainda ofertou incluir o auxílio-alimentação no salário, o que impactará em impostos, reduzindo nosso ganho salarial final”, explica Barbosa.
Sobre a alegação do governo do Estado, de que não dispõe de recursos para atender o pedido do reajuste salarial da categoria, o Sinpol-MS esclarece que em maio deste ano o governo concedeu o benefício de auxílio saúde aos delegados de polícia de MS, de 5%, com previsão de gastos aos cofres públicos de quase R$ 11 milhões em 2025; além do benefício também ser concedido aos fiscais de renda do Estado, o que acaba sendo contraditório e revela que o governo do Estado dispõe desses recursos, mas que acaba beneficiando apenas algumas categorias.