Chico Ribeiro

Apresentando um panorama de dois anos e quatro meses de sua administração, o governador Reinaldo Azambuja afirmou, durante pronunciamento no 9º Seminário Técnico Novilho Precoce MS, em Bonito, nesta sexta-feira, que Mato Grosso do Sul hoje é um estado extremamente viável, em que pese a crise do País. Ele disse que os avanços da economia local demonstram que o governo tem sido eficiente no controle dos gastos e nos programas de desenvolvimento.

“Os senhores podem acreditar em nosso Estado”, disse Azambuja para uma plateia formada por uma centena de empresários da cidade e do campo, exemplificando que a redução da máquina administrativa e o equilíbrio financeiro, conquistas da atual gestão, vão permitir a manutenção de investimentos, principalmente em infraestrutura, saúde, segurança e educação, sem onerar a sociedade com mais impostos.

O governador lembrou, no entanto, que para estancar de vez a sangria nas finanças do Estado será preciso discutir e enfrentar mais uma pauta, que é a reforma da previdência estadual, onde o pagamento de 27 mil servidores inativos e pensionistas gerou déficit de R$ 938 milhões, em 2016, e passará de 1,2 bilhão em 2017. “Vamos cortar alguns privilégios discutindo a previdência com transparência”, pontuou.

Reduzir gastos

Reinaldo Azambuja citou as dificuldades e desafios enfrentados no primeiro ano de governo, causadas principalmente pelo que chamou de “pacote de maldades” do governo anterior, como as mais de 200 obras inacabadas e o novo plano de cargos e salários dos servidores aprovado em 2013 para vigorar em dezembro de 2014, e a recessão do País. O comprometimento da receita com a folha subiu para 69% e com os cortes de pessoal reduziu para 63%. Para ele, o ideal seria 52%.

“Foi preciso tomar algumas medidas amargas e duras, mas necessárias, como o aumento de impostos de alguns produtos, para garantir não apenas o pagamento da folha de pessoal, que atingiu a um patamar insustentável, mas fazer os investimentos que a população cobrava”, citou. “Hoje somos um dos estados com menor estrutura administrativa, colocamos o Estado do tamanho que ele aguenta, e agora apertamos os cintos com a Pec dos gastos.”

Infraestrutura

Ao falar da pujança do Estado na produção agropecuária e da transformação da economia com a diversificação agroindustrial – onde o Estado promove e fomento com programas estratégicos, como o Terra Boa e o Precoce MS, e atrai novos investidores -, Azambuja disse que seu governo está priorizando e ampliando a infraestrutura viária para garantir o ir e vir das safras e uma maior integração regional, que favorece também o turismo.

“Já recuperamos 3.600 quilômetros de estradas e chegaremos em 2018 com mais de 8 mil quilômetros de vias em condições permanentes de tráfego”, garantiu. Os recursos investidos, que somam mais de R$ 780 milhões este ano, são oriundos do Fundersul. Também falou das 61 pontes de concreto em construção ou licitadas e da pavimentação de rodovias, como a Bataguassu-Santa Rita do Pardo e Amambai-Coronel Sapucaia.

Cadeia de produção

O 9° Seminário Técnico Novilho Precoce MS, aberto na quarta-feira, no Zagaia Resort Hotel, segue até este domingo. Objetiva reunir os associados em discussões que possam melhorar e facilitar, além de debater sobre assuntos que envolvem o sistema de produção de carnes brasileiras, como sistemas e custos de produção, perspectivas de mercado e mudanças de atitudes em momentos de crise.

Por corumbaonline

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