Noé Faria

A denúncia de que o Operário teria utilizado um jogador sem condições legais de jogo durante todo o Campeonato Estadual pode mudar a fase semifinal. O Urso promete acionar o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MS) contra o Galo e o assunto deve ser analisado. O imbróglio que o time da Capital se meteu poderia ter acontecido em outro favorito ao título, mas foi evitado. O Corumbaense contratou dois jogadores na mesma situação de Eduardo Arroz, mas observou a necessidade de cumprir a suspensão devida.

O técnico do Corumbaense na ocasião das expulsões e no início do Estadual deste ano era Nei César, o que também facilitou o entendimento da questão. “Nós sabíamos que o Maycon deveria cumprir quatro jogos de suspensão e o Adailton, três, e assim fizemos. Eles só foram relacionados após estarem legalmente liberados”, explicou o técnico, hoje no comando do Sete de Dourados.

O zagueiro Maycon e o lateral Adailton foram citados por infrações cometidas na partida contra o Comercial no dia 24 de abril pela semifinal do Campeonato Estadual e julgados no mesmo dia 31 de maio em que o caso de Eduardo Arroz foi analisado pelo TJD-MS. Maycon foi punido com quatro jogos enquanto Adailton teve uma pena de três partidas. Como o Corumbaense não tinha mais jogos a serem disputados e as penas não foram revertidas, os jogadores deveriam ficar fora em competições posteriores.

Nos dois casos e punição foi cumprida à risca. Adailton ficou fora dos jogos contra Águia Negra, Ivinhema e Naviraiense, sendo relacionado apenas na quarta rodada, quando compôs o banco de reservas no empate sem gols com o Urso em Mundo Novo no dia 22 de fevereiro. Já Maycon não foi relacionado para nenhum desses jogos, pagando sua pena de quatro partidas. Ele só voltou ao time no jogo contra o Águia Negra, no dia 5 de março, em rio Brilhante, já pelo returno da primeira fase.

Entenda o “caso Operário”

O volante Eduardo Arroz, campeão pelo Sete de Dourados em 2016 e nesta temporada um dos destaques do Operário até o momento, foi expulso na segunda partida semifinal do ano passado, coincidentemente em um jogo entre Sete e o Galo. Cumpriu a suspensão automática no primeiro jogo da final entre Sete e Comercial e depois voltou a campo na partida decisiva.

O problema é que o julgamento que analisou a expulsão aconteceu apenas no dia 31 de maio, após o termino do campeonato, e o jogador foi punido com três jogos de suspensão. Como já havia cumprido um, sobraram dois para competições posteriores. O Sete não recorreu da decisão.

Como o jogador não esteve contratado por nenhuma equipe do Estado para a Série B, onde poderia cumprir a pena, Arroz deveria ficar fora dos dois primeiros jogos pelo time que defenderia em 2017 no Estadual, no caso o Operário, o que acabou não acontecendo.

Por corumbaonline

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