Wilson Aquino*
Resultados incríveis de estudos científicos recentes, revolucionários, no campo da educação infantil e da consequente formação (físico, emocional, moral e intelectual) do indivíduo, têm sido propagados pelo ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, por intermédio do Programa Criança Feliz.
Subestimei o ministro na semana passada enquanto o aguardava em Campo Grande para o lançamento do programa em Mato Grosso do Sul.
Juntamente com outros colegas jornalistas, sem conhecer o inteiro teor do “Criança Feliz”, comentávamos se não se tratava de algo semelhante ao que já existe na área assistencial que a União desenvolve junto às crianças e famílias por todo o Brasil, sem contar com os projetos municipais e estaduais também em execução. Mas não é. Pelo menos o princípio básico que alicerça seu objetivo.
O Programa Criança Feliz visa assistir bebês até os primeiros 1.000 dias de vida, com orientação e educação dos pais sobre a importância de todo o cuidado nesse período de verdadeira formação do indivíduo, pois é quando a maioria das suas competências se formam. É quando o cérebro se organiza e se molda conforme os estímulos que recebe.
Nos primeiros dias de vida a criança instintivamente procura a segurança dos pais, especialmente da mãe, que o alimenta, o aquece, o ampara, lhe dá carinho, conforto e o faz sentir-se bem. Sem essa segurança, os estudos comprovam, começam os problemas, pois ela não teria a estabilidade necessária para desenvolver de maneira adequada outras aptidões, intelectuais e emocionais por exemplo.
Sem o amor, o carinho e a segurança dos pais seria como se a criança ficasse “encalhada” no processo de sua evolução nesse curto período de mil dias. As consequências disso seriam graves, permanentes e lamentáveis pois evidenciariam os resultados negativos mais tarde, na adolescência, com o surgimento de jovens instáveis, problemáticos, propensos aos descaminhos.
Olhar nos olhos, dar segurança, atender às necessidades físicas e emocionais da criança e estimulá-las a desenvolver seu cérebro, nessa fase delicada de sua formação, são fundamentais para a construção de um indivíduo saudável físico e intelectualmente.
Confirmam os estudos também que o ambiente em que a criança vive determina muito o que ela vai ser na vida. E não se trata aqui de riqueza ou pobreza financeira, mas de ambientes saudáveis, ricos onde prevalecem a harmonia, a alegria, o diálogo, o amor, o respeito… elementos fundamentais para nutrir a boa criação, educação e formação do indivíduo nesse período delicado e decisivo da vida.
O ministro é um apaixonado por esse programa. Também não é à toa, dada à sua importância e profundidade. Não é por acaso também que ele afirma que a boa e ampla execução desse projeto, em todo o País, pode ser, amanhã, o maior e melhor meio de se combater a violência, a criminalidade que envolve hoje tanto jovens como adultos. E não se trata de simples tese, já que outros estudos comprovam que crianças criadas em ambientes saudáveis, adequados, dificilmente enveredam por caminhos tortos quando adultos.
E o ministro não disse mas eu afirmo e insiro nesse elenco de qualidades e boas ações que formam o berço da educação infantil a presença de Deus. Nos lares em que Ele está presente, pela iniciativa e vontade dos pais, a criança cresce fortalecida, bem alicerçada e bem instruída para enfrentar a vida.
* Jornalista e Professor