O ex-senador, Delcídio do Amaral mostra-se disposto a se candidatar para a prefeitura de Corumbá, no pleito de 2024. O pré-candidato confirmou o plano à um grande jornal brasileiro, FOLHA de SP, e também para dois Jornais de Circulação Estadual no Mato Grosso do Sul, O ESTADO e o Correio do Estado, em matérias publicadas no final de semana e nesta segunda feira, as matérias citam a sua condenação, por meio da lava jato, e sua absolvição, além das suas opiniões acerca do caso em relação à economia e à democracia, e seu retorno a politica como pré-candidato a prefeito em sua cidade natal Corumbá – MS.

A operação lava jato foi deflagrada há dez anos, em 17 de março de 2014. Ela levou nomes relevantes, do setor empresarial e da política nacional, à prisão. Estes que agora, majoritariamente, receberam absolvição e, alguns, anulação de acordo e multas. Delcídio foi inocentado da acusação de obstrução de justiça, que resultou na sua inelegibilidade política.

Assim, o político se desafiou a reaver os direitos políticos, cassados em maio de 2016. O primeiro passo foi obtido por meio da liminar concedida nos autos da ação n. 1030256-69.2022.4.01.0000, em 2018. A decisão suspende a eficácia da Resolução no 21/16 do Senado Federal, e por consequência suspende a inelegibilidade decorrente da alínea “b” do inciso I do artigo 1o da Lei Complementar no 64/90, desde que o único impedimento seja decorrente da Resolução no 21/16. Essa decisão já permitiu que o ex-senador corumbaense se candidata-se à deputado federal pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 2022.

Agora, ele preside o diretório estadual do Partido Renovação Democrática (PRD), nascido da fusão entre o Patriota e o PTB. E afirma que está “muito contente de estar retornando para a política, sem amarras jurídicas, comandando um partido novo. Um que, mais do que nunca, vai ser pautado pela generosidade, fraternidade, solidariedade, cidadania e o cuidado com as pessoas, o cuidado com o próximo”.

Delcídio defende a importância de ser político presente, que anda nos municípios, aldeias e assentamentos e o potencial do Mato Grosso do Sul dentro da federação, para além do setor primário e pela colaboração entre os países irmãos – Paraguai e Bolívia, que divide fronteira com a região corumbaense. “É um lugar natural, tem turismo, cultura. É um estado mesopotâmico. Nós somos o portal de acesso ao Oceano Pacífico, ao Chile, nós vivemos de costas pra Bolívia, pro Paraguai, que são nossos irmãos e não conseguimos criar sinergia para nos desenvolver com o potencial que eles têm também. Temos a bacia do prata chegando na Argentina e Uruguai. Como é que nós não podemos ser protagonistas na região centro-oeste com todo esse potencial? Temos um agronegócio forte? Temos. Mas nós temos que agregar valor ao que a gente produz”.

Por Da Redação