Integrando a Operação Conjunta Ágata Fronteira Oeste, concebida pelo Ministério da Defesa e desencadeada no dia 1º de setembro, o Exército Brasileiro está empenhado dia e noite no patrulhamento dos mais de 2,5 mil quilômetros da fronteira oeste, entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A ação acontece em paralelo à Operação Pantanal II, também realizada em conjunto entre as Forças Armadas, e que há dois meses combate os focos de incêndios florestais na maior planície inundável do planeta.
Para a Operação Ágata Oeste, que tem como objetivo combater crimes transfronteiriços, contribuir para a redução das ações do crime organizado e intensificar a presença do Estado na faixa de fronteira, o Comando Militar do Oeste (CMO) mobiliza tropas com 180 veículos e cerca de 1,1 mil militares. Todo o trabalho é coordenado pelo Ministério da Defesa.
Estão mobilizadas tropas pertencentes às organizações militares da 18ª Brigada de Infantaria Pantanal, com sede em Corumbá (MS), da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, com sede em Dourados (MS) e da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, com sede em Cuiabá (MT).
Em Corumbá, na fronteira do Brasil com a Bolívia, a 18ª Brigada de Infantaria Pantanal executa ações coordenadas com órgãos de segurança pública estadual e federal.
Entre as ações preventivas e repressivas, está a fiscalização de veículos e pessoas na Alfândega da Receita Federal, no Centro de Corumbá, e no Posto de Fiscalização Lampião Aceso, na BR-262.
Nestes pontos, as tropas atuam na fiscalização de veículos e pessoas que transitam por rodovias e estradas vicinais, com objetivo de combater transporte de ilícitos, como drogas e contrabando.
Comandante da 18ª Bda Inf Pantanal, o General de Brigada Alerrandro Leal Farias, detalha o trabalho conjunto desempenhado pela tropa, instalada em localização estratégica.
“A 18ª Brigada de Infantaria de Pantanal desempenha um papel crucial nessas operações, devido à sua localização estratégica na região do Pantanal, que abrange 20 cidades do Mato Grosso do Sul, na fronteira com a Bolívia e o Paraguai, região de grande importância geopolítica e ecológica. As operações incluem patrulhamento terrestre e fluvial, fiscalização rigorosa, interdição de rotas ilegais, apreensão de materiais ilícitos e prisão de suspeitos”, explica.
CMO combate crime na fronteira e fogo no Pantanal – Todo o trabalho conjunto desencadeado na Operação Ágata Fronteira Oeste acontece em paralelo a outra operação conjunta entre Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira: a Operação Pantanal II.
O esforço conjunto começou em 26 de junho, período em que o Pantanal, maior planície inundável do mundo, enfrentou mais um período crítico de incêndios florestais.
Em dois meses de atividade, a Operação Pantanal II lançou mais de 1 milhão de litros de água sobre as chamas. Ao todo, 500 militares estão envolvidos na operação em apoio aos brigadistas.
Operação Conjunta Ágata Fronteira Oeste – A Operação Ágata Oeste integra o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), do Governo Federal, e é caracterizada por ações integradas entre as Forças Armadas e diversos órgãos de segurança pública e de fronteira, incluindo agências federais e estaduais. Essa colaboração visa garantir uma resposta coordenada e eficiente às ameaças na região.
Nesta edição, são utilizadas 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além do satélite do Projeto Lessonia e da Aeronave Remotamente Pilotada Hermes RQ-900, que permitirá uma vigilância mais eficaz e abrangente da área de operação.
O CMO destaca que, mesmo após a operação, mantém a vigilância permanente da fronteira oeste, por meio de seus Pelotões Especiais de Fronteira, com o suporte do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (SISFRON).