Foliões tomaram as ruas do Centro de Corumbá nas noites de quinta e sexta-feira de Carnaval para prestigiar os tradicionais Blocos de Sujos da cidade. Pessoas de todas as idades se fantasiaram, em sua maioria homens vestidos de mulher e vice-versa para comemorar com os Blocos Chupeta e Cibalena, mais uma edição do Carnaval corumbaense.
Na quinta-feira, oito de fevereiro, o Chupeta marcou sua descida para a avenida General Rondon com muita animação ao som das músicas do momento. “O Bloco antes era voltado para adolescente, eu me lembro que na época da escola todos marcavam para se encontrar lá e as músicas tocadas eram as que estavam no auge de cada ano. Hoje ainda continuo participando e o público se modificou, mas ainda é divertido e continua sendo atual”, disse Felipe Almeida.
De acordo com informações da organização da festa, cerca de 15 mil pessoas passaram pela passarela do samba atrás do trio elétrico do Chupeta.
Já na sexta-feira, nove de fevereiro foi a vez do Cibalena contagiar a cidade com seu tradicionalismo e grandeza. Completando 40 anos de existência em 2018, o bloco que é considerado em seu segmento o maior do Centro- Oeste continua crescendo e demonstrando com alegria, o amor dos foliões pelo carnaval.
Para o presidente do Cibalena, Elias Ferreira da Silva, o segredo da popularidade do bloco é a criatividade e irreverência. Por isso, também foi criado o concurso que elege todos os anos, por meio de jurados que avaliam fantasia, simpatia e evolução, a rainha do bloco.
No Cibalena, a ‘ordem’ é estar travestido, e além disso as músicas que embalam os milhares de integrantes são somente marchinhas de carnaval. “O Cibalena é conhecido por ser tradicional, por isso que todos seguem a risca, nós homens viramos lindas mulheres e as mulheres se transforam em charmosos homens. O intuito de resgatar os antigos carnavais também pode ser percebido através das marchinhas”, enfatizou o folião assíduo do bloco, Josué da Silva.
Da concentração até a avenida General Rondon, novos foliões foram integrando o bloco, que levou mais de 20 mil pessoas para as ruas do centro da Capital do Pantanal.
Eventos Paralelos
Paralelamente, houveram outros eventos na cidade. No segundo dia do carnaval corumbaense, à população pode prestigiar a beleza e originalidade da 37° edição do Concurso de Fantasias, realizado no Ginásio do Corumbaense. Os vencedores da categoria originalidade foram: Enir Amarilha- “O amor no cangaço”; seguido por Luciano Pereira (carnavalesco Francis Fabian)- “Tributo aos filhos da terra” e Márcia Lins – “Elvira, a rainha das trevas”. No Luxo Feminino, os vencedores foram: Rebeca D’Albinie – “Ka’a: a lenda imperial da erva-mate”; seguido por Nadja Chauvet (carnavalesco Ranulfo Galleano) – “Tributo à Nadja Chauvet, a deusa do sol no carnaval”, e Fernanda da Silva Cruz (carnavalesco Toninho Pluma) – “O enigma da esfinge.
Já no Luxo Masculino, os vencedores foram: Rafael Jiro Ferraz Higuchi – “Mapogo e sua frente de coalizão”, Toninho Pluma – “Centauro”, e Marcos Soledade – “Fallen, o novo crepúsculo (anjo caído)”. Dando sequência aos vencedores, agora na categoria Luxo Especial: Claudinho Tasso – “Zípora, a guardiã dos segredos das feras”, José Carlos Flores – “Fu-Ral, a primeira general chinesa”, e André Kelvin – “O baile de Máscaras.
Finalizando as categorias estavam os Hors Concours: Fernanda Vanucci – “Sob o céu de estrelas, a sorte da Mocidade”; Adão Barboza – “O guardião da flor de Xaraés” e Valdir Gomes – “Sua majestade, o Imperador”.
Além disso, a Corte de Momo recebeu das mãos do prefeito Marcelo Iunes, em ato simbólico, a chave da cidade. Formada pelo Rei Renan Júnior Oliveira de Paula e pela Rainha Elenina Paula de Souza da Silva, além da primeira Princesa Raiane Oliveira de Paula e da segunda Princesa Thalia Araújo, a Corte de Momo comandará a folia pantaneira até a quarta-feira de cinzas.
Na sexta-feira de carnaval e terceira noite da folia, os foliões se esbaldaram na praça Generoso Ponce ao som dos integrantes da Escola de Samba Mangueira- RJ e do grupo Axé Blond. Nacionalmente conhecido, o grupo que ganhou visibilidade nos anos 90 trouxe o ritmo do axé para o carnaval através de músicas como pancadão, considerado como o maior sucesso do grupo nesses 20 anos de história.