O presidente Lula deu posse ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e à nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI), Gleisi Hoffmann, nesta segunda-feira (10/3), no Palácio do Planalto. Na cerimônia, Padilha enalteceu o trabalho de reconstrução do ministério e do Sistema Único de Saúde (SUS) durante a gestão da ministra Nísia Trindade.

O novo ministro listou compromissos como atualizar a tabela SUS para melhorar as condições de atendimento, priorizar a expansão do plano nacional de vacinação e ampliar a capacidade de atendimento de especialidades com vista à redução acelerada das filas e do tempo de espera.

Sua substituta na SRI, Gleisi Hoffman, assinalou compromisso de ampliação do diálogo entre os Poderes e com a sociedade por meio do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão – que reúne lideranças empresariais, dos trabalhadores, movimento sociais, da academia, da ciência e da cultura –, que passa a coordenar.

Gleisi fez uma defesa contundente da política econômica – responsável pelos melhores indicadores de emprego, renda e crescimento econômico. Dirigindo-se ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou compromisso de agregar Executivo e Legislativo na continuidade da pauta econômica. Alertou para a importância da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) e deste ano e, ainda, da elevação da faixa de isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.

Nísia Trindade, ao se despedir, lembrou que aos dois de trabalho à frente da reconstrução do Ministério da Saúde somam-se outros quatro de muita luta. “Foram seis anos de trabalho muito intenso em prol da saúde e da defesa da democracia”, em referência aos anos de tentativas de destruição – de uma e de outra – pelo governo anterior, quando atuava como cientista da Fiocruz, da qual foi presidenta duas vezes eleita. Nísia fez um balanço minucioso de sua gestão e acolheu o novo ministro Padilha, sendo ovacionada pelo público que lotou o Palácio do Planalto. E assegurou que seguirá trabalhando arduamente em defesa do projeto pelo qual o governo do presidente Lula foi eleito.

A ex-ministra também enfatizou o enfrentamento ao preconceito e a misoginia como parte do trabalho dos últimos meses, no discurso e em um fio na sua página da rede social X, ex-twitter.

Nísia Trindade Lima no X: “Não posso ignorar os ataques sistemáticos que enfrentei. Durante 25 meses, minha competência e integridade foram questionadas de forma misógina, refletindo um padrão estrutural que muitas mulheres na política e em espaços de poder ainda enfrentam. E isso não pode ser naturalizado” / X

Por Governo do Brasil, com informações do Ministério do Trabalho