O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano participou, na última semana, junto com o curso de Letras do CPAN (Câmpus Pantanal) da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul do II Congresso de Português como Língua Estrangeira na Universidade Columbia (Nova Iorque). No congresso, realizado de forma on-line, foi apresentado um projeto de ensino de Espanhol aos participantes do Moinho Cultural, em Corumbá.

O trabalho apresentado foi “Português e espanhol, línguas de intercomunicação na fronteira Bolívia-Brasil” e contou um pouco sobre a experiência que já ocorre dentro do Moinho Cultural, que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social de Corumbá, Ladário, Puerto Suarez e Puerto Quijarro.

Atualmente, uma parceria entre o Moinho Cultural e o CPAN está em fase de implantação para ensino de Espanhol às crianças e adolescentes que frequentam a instituição.

“No nosso dia a dia, já vivenciamos uma troca cultural e linguística muito intensa entre as crianças e adolescentes que participam das atividades do Moinho Cultural. Poder mostrar a outras pessoas como que isso tem ocorrido, é uma forma de contribuirmos também com outras iniciativas semelhantes, que possam surgir a partir desta nossa experiência”, afirma a diretora executiva do instituto, Márcia Rolon.

Outras iniciativas

Além da atuação ativa com as crianças e adolescentes da fronteira do Brasil com a Bolívia, o Moinho Cultural tem ampliado sua atuação justamente em prol dos pequenos cidadãos fronteiriços.

No ano passado, foi criada a Recaf (Rede da Criança e do Adolescente da Fronteira), com o objetivo de levar ações dirigidas para a defesa e promoção da vida de crianças e adolescentes em situação de risco.

Com iniciativas voltadas para crianças e adolescentes de 12 a 18 anos, o Recaf, além de desenvolver junto com os municípios de fronteira ações dirigidas para a defesa e promoção da vida de crianças e adolescentes em situação de risco pessoal, difunde ideias de justiça, direitos, responsabilidades, respeito, paz, solidariedade, acolhimento e partilha.

Já no início, nove municípios brasileiros aderiram à rede: Guajará Mirim (RO), Assis Brasil (AC), Pacaraima e Bonfim (RR), Guaíra (PR), Barra do Quaraí (RS), além de Ponta Porã, Ladário e Corumbá (MS).  Além de atender crianças brasileiras destas cidades, o Recaf também oportuniza que crianças de outros países fronteiriços, como Bolívia, Venezuela, Peru, Guiana Francesa, Argentina e Uruguai, participem das atividades.

No último ano, o Moinho Cultural também passou a integrar os trabalhos da Fundação Niñ@Sur de Direitos Humanos. A fundação trabalha pelo cumprimento integral dos Direitos Humanos, em particular, das meninas, meninos, adolescentes e jovens, com intenção de continuar e fortalecer o espírito da iniciativa Niñ@Sur dos Estados do Mercosul.

Por Assessoria de Comunicação